Madrigal Excentrico

Tu que n茫o temes a Morte,
Nem a sombra dos cyprestes,
Escuta, Lyrio do Norte,
Os meus canticos agrestes:

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Tu ignoras os desgostos
D’um cora莽茫o torturado,
Mais tristes do que os soes postos,
Ou de que um bobo espancado!

Eu bem sei, 贸 Musa louca
Que n茫o conheces a magoa…
E tens um riso na boca
Como um cravo aberto n’agua…

Eu bem sei… bem sei que ris
Dos meus madrigaes modernos.
Sem cuidar, 贸 flor de liz!
Que h茫o de chegar-te os invernos!

Que nos corre a Mocidade,
Qual folha verde do val,
E ha de vir-te a tempestade,
脫 branco lyrio real!

Que has de ser como a a莽ucena
Varrida pelo nordeste…
E os prantos da minha pena
Que h茫o de regar teu cypreste!

Que ha de a terra agreste e dura
Servir-te de ultimo leito…
E a pedra da sepultura
Quebrar teu corpo perfeito!

E has de, emfim, ser devorada
Na fria noute,

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