Coisas

há coisas que vão ficando
fotografias   louças   contas antigas
nĂŁo sei

debruçámo-nos tanto
sobre a minĂşcia do quotidiano
que o dia a dia excedeu as nossas vidas

nĂŁo sei como resiste o que perdura

olho o telefone de coração na boca
e aponto coisas para nĂŁo me esquecer