Pergunto-te Onde se Acha a Minha Vida

Pergunto-te onde se acha a minha vida.
Em que dia fui eu. Que hora existiu formada
de uma verdade minha bem possuĂ­da.

VĂŁo-se as minhas perguntas aos depĂłsitos do nada.

E a quem Ă© que pergunto? Em quem penso, iludida
por esperanças hereditårias? E de cada
pergunta minha vai nascendo a sombra imensa
que envolve a posição dos olhos de quem pensa.

Jå não sei mais a diferença
de ti, de mim, da coisa perguntada,
do silĂȘncio da coisa irrespondida.