A Cidade Bela
Quanto Ă© bela Ulisseia! E quanto Ă© grata
Dos sete montes seus ao longe a vista!
Das altas torres, pĂłrticos soberbos
Quanto Ă© grande, magnĂfico o prospecto!
Humilde e bonançoso o flavo Tejo,
Sobre areias aurĂferas correndo,
As praias lhe enriquece, as plantas beija.
QuĂŁo denso bosque de cavalos pinhos
Sobre a espĂĄdua sustenta! Do Oriente
Rubins acesos, fugidas safiras,
E da opulenta América os tesouros,
Cortando os mares lĂquidos, trouxeram.
Nela Ă© mais puro o ar; e o CĂ©u se esmalta
De mais sereno azul. O Sol brilhante,
Correndo o vasto CĂ©u, se apraz de vĂȘ-la.
E quase se suspende, e, meigo, envia
Sobre ela o raio extremo, quando acaba
A lĂșcida carreira, a frente de ouro
No seio esconde das cerĂșleas ondas.
Poemas sobre Extremos de José Agostinho de Macedo
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