Prefiro Rosas, meu Amor, à Pátria
Prefiro rosas, meu amor, à pátria,
E antes magnĂłlias amo
Que a glĂłria e a virtude.Logo que a vida me nĂŁo canse, deixo
Que a vida por mim passe
Logo que eu fique o mesmo.Que importa àquele a quem já nada importa
Que um perca e outro vença,
Se a aurora raia sempre,Se cada ano com a primavera
As folhas aparecem
E com o outono cessam?E o resto, as outras coisas que os humanos
Acrescentam Ă vida,
Que me aumentam na alma?Nada, salvo o desejo de indiferença
E a confiança mole
Na hora fugitiva.
Poemas sobre Fugitivos de Ricardo Reis
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