C芒ntico da Noite
Sumiu-se o sol espl锚ndido
Nas vagas rumorosas!
Em trevas o crep煤sculo
Foi desfolhando as rosas!
Pela ampla terra alargar-se
Calada solid茫o!
Parece o mundo um t煤mulo
Sob estrelado manto!
Alabastrina l芒mpada,
L谩 sobe a lua! Entanto
Gemidos d鈥檃ves l煤gubres
Soando a espa莽os v茫o!
Hora dos melanc贸licos,
Saudosos devaneios!
Hora que aos gostos 铆ntimos
Abres os castos seios!
Infunde em nossos 芒nimos
Inspira莽茫o da f茅!
De noite, se um rev茅rbero
De Deus nos alumia,
Destila-se de l谩grimas
A prece, a profecia!
A alma elevada em 锚xtase
Terrena j谩 n茫o 茅!
Antes que o sono t谩cito
Olhos nos cerre, e os sonhos
Nos tomem no seu v贸rtice,
J谩 rindo, e j谩 medonhos,
Hora dos c茅us, conserva-me
No extinto e no porvir.
Onde os que amei? sumiram-se.
Onde o que eu fui? deixou-me.
Deles, s贸 v茫s mem贸rias;
De mim, s贸 resta um nome:
No abismo do pret茅rito
Desfez-se choro e r煤y
Desfez-se! e quantas l谩grimas
Brotaram de alegrias! Desfez-se!
e quantos j煤bilos
Nasceram de agonias!
Poemas Interrogativos de Ant贸nio Feliciano de Castilho
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Qu茫o Grande, Meus Amigos
Qu茫o grande, meus amigos, n茫o era o Povo em que um Poeta podia dizer isto, sem medo de que o mundo, nem a posteridade, o desmentisse!
E n贸s tamb茅m, n贸s, os Portugueses, j谩 houve um tempo, em que pouco menos fomos.
Ouvi como o nosso Cam玫es o cantava:
Mas em tanto que cegos, e sedentos
andais do vosso sangue, 贸 gente insana,
n茫o faltar茫o crist茫os atrevimentos
nesta pequena casa Lusitana.
De 脕frica tem mar铆timos assentos;
茅 na 脕sia mais que todas soberana;
na quarta parte nova os campos ara,
e, se mais mundo houvera, l谩 chegara.
Hoje… que s茫o aquela Roma, e este Portugal?
Roma pereceu. Portugal, se n茫o agoniza, enferma gravemente.
Mas para Roma n茫o h谩 j谩 esperan莽a; para n贸s h谩 ainda uma. Sabeis qual?
Sois v贸s, v贸s mesmos, v贸s unicamente, 贸 Lavradores.