Fraternidade

RazĂŁo nĂŁo tenho para os homens amar
Nem eles uma para amar-me tĂȘm;
À sua vileza cego não sei estar
E toda a vileza tambĂ©m eles vĂȘem.

Ódio em palavras, por saciar,
Sabendo jĂĄ que por todos seria
Incompreendido; fosse eu falar
E deles ignoto continuaria.

Um Ăłdio mĂștuo que de instinto vem
Oculto em sorrisos, mal nos suportando.
A bondade humana, conheço-a bem;
Odeio os homens, «irmãos» lhes chamando.