Sabedoria

Desde que tudo me cansa,
Comecei eu a viver.
Comecei a viver sem esperança…
E venha a morte quando
Deus quiser.

Dantes, ou muito ou pouco,
Sempre esperara:
Às vezes, tanto, que o meu sonho louco
Voava das estrelas Ă  mais rara;
Outras, tĂŁo pouco,
Que ninguém mais com tal se conformara.

Hoje, Ă© que nada espero.
Para quĂȘ, esperar?
Sei que jĂĄ nada Ă© meu senĂŁo se o nĂŁo tiver;
Se quero, Ă© sĂł enquanto apenas quero;
SĂł de longe, e secreto, Ă© que inda posso amar. . .
E venha a morte quando Deus quiser.

Mas, com isto, que tĂȘm as estrelas?
Continuam brilhando, altas e belas.