Sozinho
Quando eu morrer m’envolva a Singeleza,
Vá sem Pompa a caminho do coval,
Acompanhe-me apenas a tristeza
NĂŁo vá do bronze o som de val’ em val!Chore o cĂ©u sobre mim de orvalho as bagas
Luz do sol-posto fulja em seu cristal,
Cantem-me o «dorme em paz» ao longe as vagas.Gemente a viração entoe o «Amém»
Vá assim tĂ© ermas, afastadas plagas…
Lá… fique eu sĂł!
Não volte lá ninguém!
Poemas sobre Luz de Ă‚ngelo de Lima
3 resultadosOlhos de Lobas
Teus olhos lembram cĂrios
Acesos n’um cemitĂ©rio…TĂŞm um fulgor estranho singular
Os teus olhos febris… Incendiados!…Como os Clarões Finais… – Exaustinados
Dos restos dos archotes, desdeixados…
— Nas criptas d’um Jazigo Tumular!…— Como a Luz que na Noute Misteriosa
— Fantástica – Fulgisse nas Ogivas
Das Janelas de Estranho MausolĂ©u!…— MausolĂ©u, das Saudades do Ideal!…
— Oh Saudades… Oh Luz Transcendental!
— Oh memĂłrias saudosas do Ido ao CĂ©u!…— Oh PĂ©rpetuas Febris!… – Oh Sempre Vivas!…
— Oh Luz do Olhar das Lobas Amorosas!…
Eu Ontem Ouvi-te…
Andava a luz
Do teu olhar,
Que me seduz
A divagar
Em torno a mim.
E entĂŁo pedi-te,
NĂŁo que me olhasses,
Mas que afastasses,
Um poucochinho,
Do meu caminho,
Um tal fulgor
De medo,amor,
Que me cegasse,
Me deslumbrasse,
Fulgor assim.