And谩va a Lua nos C茅us
And谩va a lua nos c茅us
Com o seu bando de estrellas.Na minha alcova,
Ardiam vellas,
Em candelabros de bronze.Pelo ch茫o, em desalinho,
Os velludos pareciam
Ondas de sangue e ondas de vinho.Elle olhava-me scismado;
E eu,
Placidamente, fumava,
Vendo a lua branca e n煤a
Que pelos c茅us caminhava.Aproximou-se; e em delirio
Procurou 谩vidamente,
E 谩vidamente beijou
A minha boca de cravo
Que a beijar se recusou.Arrastou-me para Elle,
E, encostado ao meu hombro,
Fallou-me d’um pagem loiro
Que morr锚ra de Saudade,
脕 beira-mar, a cantar…Olhei o c茅u!
Agora, a lua, fugia,
Entre nuvens que tornavam
A linda noite sombr铆a.D茅ram-se as bocas n’um beijo,
– Um beijo nervoso e lento…
O homem cede ao desejo
Como a nuvem cede ao vento.Vinha longe a madrugada.
Por fim,
Largando esse corpo
Que adormec锚ra cansado
E que eu beij谩ra loucamente
Sem sentir,
Bebia vinho, perdidamente,
Bebia vinho… at茅 cahir.
Poemas sobre Madrugada de Ant贸nio Botto
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