Os Poetas
Nunca os vistes
Sentados nos cafés que há na cidade,
Um livro aberto sobre a mesa e tristes,
IncĂłgnitos, sem oiro e sem idade?Com magros dedos, coroando a fronte,
Sugerem o nostálgico sentido
De quem rasgasse um pouco de horizonte
Proibido…Fingem de reis da Terra e do Oceano
(E filhos sĂŁo legĂtimos do vĂcio!)
Tudo o que neles nos pareça humano
É fogo de artifĂcio.Por vezes, fecham-lhes as portas
— Ódio que a nada se resume —
Voltam, depois, a horas mortas,
Sem um queixume.E mostram sempre novos laivos
De poesia em seu olhar…Adolescentes! Afastai-vos
Quando algum deles vos fitar!
Poemas sobre Magros de Pedro Homem de Melo
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