Pára, Funesto Destino
Pára, funesto destino,
Respeita a minha constância;
Pouco vences, se nĂŁo vences
De minha alma a tolerância.Se eu sobrevivo aos estragos
Dos males que me fizeste,
Inutil Ă© combater-me,
Nem me vences, nem venceste.Com secos olhos diviso
Esse horror que se apresenta:
Os meus existem de glĂłria;
Morrendo a glĂłria os alenta.
Poemas sobre Mal de Leonor de Almeida Portugal
2 resultados Poemas de mal de Leonor de Almeida Portugal. Leia este e outros poemas de Leonor de Almeida Portugal em Poetris.
Sonhos Meus
Sonhos meus, suaves sonhos,
Sois melhores do que a verdade;
Quando sonho sou ditosa,
Sem o ser na realidade.Amor, tu vens nos meus sonhos
Acalmar-me o coração;
Mas cruel! Quanto prometes
NĂŁo passa de uma ilusĂŁo.Sonhei, tirano, esta noite,
Sonhei que tu me chamavas,
E que sobre a relva branda
Tu mesmo me acalentavas.Disseste-me: “Dorme, Alcipe,
Amor sobre ti vigia,
Mal podes temer os fados.”Dormi: neste dobre sono
Me achei n’um palacio d’ouro:
Entregaram-me uma chave
Para que abrisse um tesouro.– “Chave mágica, sublime,
Que me vais tu descobrir?
Se Ă© menos do que eu desejo
Será melhor nĂŁo abrir…”– “Abre, Alcipe” qual trovĂŁo
Brada o deus que me vigia:
Acordei sobressaltada,
E abriu-se, mas foi o dia.