Balança
O muito que me recusam,
dá-me o poema
em seu corpo de ar.A alma faz o que não existe
e da sombra pousada sobre os olhos
vai desenhando a figura além do alcance das mãos.É pouco, é bastante,
é um ter sem que se tenha,
um tempo que parece não passar
pois que nada acontecendo,
nada é destruído.
Poemas sobre Mãos de José Paulo Moreira da Fonseca
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