ExĂ­lio

Dentro de cada rosto vai-se
e perde o passo antes certo
que nĂŁo se quisera passo, mas silĂŞncio.

Se em vĂŁo caminha e nada encontra,
um rosto e cada ruga, cada cancro
conferem o périplo e o decretam
desde sempre, nas frias manhĂŁs do tempo, nulo.

Mármores, fátua memória de um crime,
ou qualquer mĂşsica degredada em pranto,
nada falta, mas fasta, imĂłvel, sucessiva
uma lua basta e sua lousa, desterro.

Letras, pedras, fomes, por entre grades paisagem
ou rosto informe no fundo de uma página,
vai a viagem ontem e esquece, urro ou simples erro.