Balada para um Homem na MultidĂŁo

Este homem que entre a multidĂŁo
enternece por vezes destacar
Ă© sempre o mesmo aqui ou no japĂŁo
a diferença é ele ignorar.

Muitos mortos foram necessários
para formar seus dentes um cabelo
vai movido por pés involuntários
e endoidece ser eu a percebĂŞ-lo.

Sentam-no à mesa de um café
num andaime ou sob um pinheiro
tanto faz desde que se esqueça
que é homem à espera que cresça
a árvore que dá dinheiro.

Alimentam-no do ar proibido
de um sonho que nĂŁo Ă© dele
nĂŁo tem mais que esse frasco de vidro
para fechar a estrela do norte.
E sĂł o seu corpo abolido
lhe pertence na hora da morte.