Ode a LĂdia
Esta sĂșbita chuva que desaba
pela pele morena
de teu rosto
por teu riso por teus ombros
pelos teus longos
cabelos
cai na terra
â ouve bem âcom o peso, o
doce peso de miléniosPois verdade é que outra
Ă© a ĂĄgua
mas a mesma
(escorrendo pela
gloriosa nudez
de teu corpo)
mesmo o cheiro hĂșmido
da terra, mesmo
nas ĂĄrvores
o ĂĄspero, esperado canto
de verĂŁoTudo, nada mudou
Pois verdade Ă© que outra
Ă© a ĂĄgua
mas a mesma
(escorrendo pela
gloriosa nudez
de teu corpo)
mesmo o cheiro hĂșmido
da terra, mesmo
nas ĂĄrvores
o ĂĄspero, esperado canto
de verĂŁoTudo, nada mudou
Bebe pois desta ĂĄgua
bebe
bebe com todo o teu corpo
até que toda te farte
bebe
até que te embriague
a milenar
experiĂȘncia
do planetaBebe e
(sĂĄbia)
colhe nas mĂŁos o momento
que esvoaça
â este breve momento em que
como duas crianças
somos
e amamos
Poemas sobre Milénio de Jayro José Xavier
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