Os Amantes de Novembro
Ruas e ruas dos amantes
Sem um quarto para o amor
Amantes sĂŁo sempre extravagantes
E ao frio também faz calorPobres amantes escorraçados
Dum tempo sem amor nenhum
Coitados tĂŁo engalfinhados
Que sendo dois parecem umDe pé imóveis transportados
Como uma estátua erguida num
Jardim votado ao abandono
De amor juncado e de outono.
Poemas sobre PĂ©s de Alexandre O'Neill
2 resultadosToma lá Cinco!
Encolhes os ombros, mas o tempo passa…
Ai, afinal, rapaz, o tempo passa!Um dente que estava sĂŁo e agora nĂŁo,
Um cabelo que ainda ontem preto era,
Dentro do peito um outro, sempre mais velho coração.
E na cara uma ruga que nĂŁo espera, que nĂŁo espera…No andar de cima, uma nova criança
Vai bater no teu crânio os pequeninos pés.
Mas deixa lá, rapaz, tem esperança:
Este ano talvez venhas a ser o que nĂŁo Ă©s…Talvez sejas de enredos fácil presa,
Eterno marido, amante de um sĂł dia…
Com clorofila ficam os teus dentes que Ă© uma beleza!
Mas nĂŁo rias, rapaz, que o ano sĂł agora principia…Talvez lances de amor um foguetĂŁo sincero
Para algum coração a milhões de anos-dor
Ou desesperado te resolvas por um mero
Tiro na boca, mas de alcance maior…Grande asneira, rapaz, grande asneira seria
Errar a vida e nĂŁo errar a pontaria…Talvez te deixes por uma vez de fitas,
De versos de mau hálito e mau sestro,
E acalmes nas feias o ardor pelas bonitas
(Como mulheres são mais fiéis,