Baladas Românticas – Azul…
Lembra-te bem! Azul-celeste
Era essa alcova em que te amei.
O Ăşltimo beijo que me deste
Foi nessa alcova que o tomei!
É o firmamento que a reveste
Toda de um cálido fulgor:
– Um firmamento, em que puseste
Como uma estrela, o teu amor.Lembras-te? Um dia me disseste:
“Tudo acabou!” E eu exclamei:
“Se vais partir, por que vieste?”
E Ă s tuas plantas me arrastei…
Beijei a fimbria Ă tua veste,
Gritei de espanto, uivei de dor:
“Quem há que te ame e te requeste
Com febre igual ao meu amor?”Por todo o mal que me fizeste,
Por todo o pranto que chorei,
– Como uma casa em que entra a peste,
Fecha essa casa em que fui rei!
Que nada mais perdure e reste
Desse passado embriagador:
E cubra a sombra de um cipreste
A sepultura deste amor!Desbote-a o inverno! o estĂŁo a creste!
Abale-a o vento com fragor!
– Desabe a igreja azul-celeste
Em que oficiava o meu amor!
Poemas sobre Plantas de Olavo Bilac
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