As mãos pressentem…
As mãos pressentem a leveza rubra do lume
repetem gestos semelhantes a corolas de flores
voos de pássaro ferido no marulho da alba
ou ficam assim azuis
queimadas pela secular idade desta luz
encalhada como um barco nos confins do olharergues de novo as cansadas e sábias mãos
tocas o vazio de muitos dias sem desejo e
o amargor húmido das noites e tanta ignorância
tanto ouro sonhado sobre a pele tanta treva
quase nada
Poemas sobre Queimadas de Al Berto
2 resultados Poemas de queimadas de Al Berto. Leia este e outros poemas de Al Berto em Poetris.
Pernoitas em Mim
pernoitas em mim
e se por acaso te toco a memória… amas
ou finges morrerpressinto o aroma luminoso dos fogos
escuto o rumor da terra molhada
a fala queimada das estrelasé noite ainda
o corpo ausente instala-se vagarosamente
envelheço com a nómada solidão das avesjá não possuo a brancura oculta das palavras
e nenhum lume irrompe para beberes