Vozes da Noite
Vozes na Noite! Quem fala
Com tanto ardor, tanto afĂŁ?
Falou o Grilo primeiro,
Logo depois foi a RĂŁ.Pobre loucura dos homens
Quando julgam entendê-las…
SĂł eles pasmam os olhos
Neste encanto das estrelas…Lá no silêncio dos campos
Ou no mais ermo da serra,
Na voz das rĂŁs dala a Ă gua,
Na voz dos grilos a Terra.SĂł eles cantam a vida
Com amor e singeleza,
Por ser descuidada, alegre;
Por ser simples, com beleza.Pudesse agora dizer-te,
Sem ser por palavras vĂŁs,
O que diz a voz dos grilos,
O que diz a voz das rĂŁs.
Poemas sobre SilĂŞncio de Armando CĂ´rtes-Rodrigues
2 resultados Poemas de silĂŞncio de Armando CĂ´rtes-Rodrigues. Leia este e outros poemas de Armando CĂ´rtes-Rodrigues em Poetris.
Ergo Meus Olhos
Ergo meus olhos vagos, na distância
Da sombra do meu Ser…
Pairam de mim além, e a minha Ânsia
Cansa de me viver.Meus olhos espectrais de comoção,
Olhos da alma, olhando-se a si,
Nimbam de luz a longa escuridĂŁo
Da vida que vivi.Auréola de Dor, que finaliza
Na noite do abismo do meu nada;
SilĂŞncio, prece, comunhĂŁo sagrada,
Sombra de luz que em Ti me diviniza,
Tortura do meu fim,
Alma ungida
E perdida
Na grandeza de Si. E já sem ver-me,
Maceração crepuscular de Mim,
Agonizo de Ser-me.