Lenta, Descansa a Onda que a Maré Deixa
Lenta, descansa a onda que a maré deixa.
Pesada cede. Tudo Ă© sossegado.
SĂł o que Ă© de homem se ouve.
Cresce a vinda da lua.Nesta hora, LĂdia ou Neera ou Cloe,
Qualquer de vĂłs me Ă© estranha, que me inclino
Para o segredo dito
Pelo silĂȘncio incerto.Tomo nas mĂŁos, como caveira, ou chave
De supérfluo sepulcro, o meu destino,
E ignaro o aborreço
Sem coração que o sinta.
Poemas sobre Supérfluos de Ricardo Reis
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