R锚ve Oubli茅
Neste meu h谩bito surpreendente de te trazer de costas
neste meu desejo irreflectido de te possuir num trampolim
nesta minha mania de te dar o que tu gostas
e depois esquecer-me irremediavelmente de tiAgora na superf铆cie da luz a procurar a sombra
agora encostado ao vidro a sonhar a terra
agora a oferecer-te um elefante com uma linda tromba
e depois matar-te e dar-te vida eternaContinuar a dar tiros e modificar a posi莽茫o dos astros
continuar a viver at茅 cristalizar entre neve
continuar a contar a lenda duma princesa sueca
e depois fechar a porta para tremermos de medoContar a vida pelos dedos e perd锚-los
contar um a um os teus cabelos e seguir a estrada
contar as ondas do mar e descobrir-lhes o brilho
e depois contar um a um os teus dedos de fadaAbrir-se a janela para entrarem estrelas
abrir-se a luz para entrarem olhos
abrir-se o tecto para cair um garfo no centro da sala
e depois ruidosa uma dentadura velha
E no CIMO disto tudo uma montanha de ouroE no FIM disto tudo um Azul-de-Prata.
Poemas sobre Terra de Ant贸nio Maria Lisboa
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H
Sei que dez anos nos separam de pedras
e ra铆zes nos ouvidose ver-te, 贸 menina do quarto vermelho,
era ver a tua bondade, o teu olhar terno
de Borboleta no Infinitoe toda essa sucess茫o de pontos vermelhos no espa莽o
em que tu eras uma estrela que caiu
e incendiou a terral谩 longe numa fonte cheia de fogos-f谩tuos.