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Esta inconstancia de mim próprio em vibração
É que me ha de transpôr às zonas intermédias,
E seguirei entre cristais de inquietação,
A retinir, a ondular… Soltas as rĂ©deas,
Meus sonhos, leões de fogo e pasmo domados a tirar
A tĂ´rre d’ouro que era o carro da minh’Alma,
TransviarĂŁo pelo deserto, muribundos de Luar –
E eu sĂł me lembrarei num baloiçar de palma…
Nos oásis, depois, hão de se abismar gumes,
A atmosfera ha de ser outra, noutros planos:
As rĂŁs hĂŁo de coaxar-me em roucos tons humanos
Vomitando a minha carne que comeram entre estrumes…

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Há sempre um grande Arco ao fundo dos meus olhos…
A cada passo a minha alma Ă© outra cruz,
E o meu coração gira: Ă© uma roda de cĂ´res…
NĂŁo sei aonde vou, nem vejo o que persigo…
Já nĂŁo Ă© o meu rastro o rastro d’oiro que ainda sigo…
Resvalo em pontes de gelatina e de bolĂ´res…
Hoje, a luz para mim Ă© sempre meia-luz…

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