Sopra o Sonho

Sopra o sonho por dentro
Das pĂĄlpebras em viagem
Enceta o curso habitual nocturno
Num corredor sombrio de pestanas

Antes porém cumprimenta
Toda a matéria viva em que tropeça
Sabe o segredo do corpo tem uma pĂĄtria
BioquĂ­mica extremamente embrionĂĄria

A morte jĂĄ habita os seus tecidos
Quando os outros de guarda se abastecem
Pronta ao assalto das células
Como se dormisse

A que fins se destina e a que estranhos
bulĂ­cios suas Ășltimas vontades?

NĂŁo o sabemos

SĂł mesmo o oceano o incomoda