R锚ve Oubli茅
Neste meu h谩bito surpreendente de te trazer de costas
neste meu desejo irreflectido de te possuir num trampolim
nesta minha mania de te dar o que tu gostas
e depois esquecer-me irremediavelmente de tiAgora na superf铆cie da luz a procurar a sombra
agora encostado ao vidro a sonhar a terra
agora a oferecer-te um elefante com uma linda tromba
e depois matar-te e dar-te vida eternaContinuar a dar tiros e modificar a posi莽茫o dos astros
continuar a viver at茅 cristalizar entre neve
continuar a contar a lenda duma princesa sueca
e depois fechar a porta para tremermos de medoContar a vida pelos dedos e perd锚-los
contar um a um os teus cabelos e seguir a estrada
contar as ondas do mar e descobrir-lhes o brilho
e depois contar um a um os teus dedos de fadaAbrir-se a janela para entrarem estrelas
abrir-se a luz para entrarem olhos
abrir-se o tecto para cair um garfo no centro da sala
e depois ruidosa uma dentadura velha
E no CIMO disto tudo uma montanha de ouroE no FIM disto tudo um Azul-de-Prata.
Poemas sobre Vidros de Ant贸nio Maria Lisboa
2 resultados Poemas de vidros de Ant贸nio Maria Lisboa. Leia este e outros poemas de Ant贸nio Maria Lisboa em Poetris.
Uma Vida Esquecida
Para o Fernando Alves dos Santos
Eu conhe莽o o vidro franja por franja
meticulosamente
脿 porta parado um homem oco
franja por franja no espa莽o
meticulosamente oco uma porta parada.Um rel贸gio d谩 dez badaladas ininterruptamente
dez badaladas por brincadeira dan莽a
um homem com pernas de mulher
e um olhar devasso no Marte
passo por passo uma crian莽a chora
uma 谩guia e um vampiro recuados no tempo.