Poemas sobre Vinho de Ant贸nio Ramos Rosa

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Poemas de vinho de Ant贸nio Ramos Rosa. Leia este e outros poemas de Ant贸nio Ramos Rosa em Poetris.

Para um Amigo Tenho Sempre

Para um amigo tenho sempre um rel贸gio
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse rel贸gio n茫o marca o tempo in煤til.
S茫o restos de tabaco e de ternura r谩pida.
脡 um arco-铆ris de sombra, quente e tr茅mulo.
脡 um copo de vinho com o meu sangue e o sol.

A Partir da Aus锚ncia

Imaginar a forma
doutro ser Na l铆ngua,
proferir o seu desejo
O toque inteiro

N茫o existir

Se o digo acendo os filamentos
desta nocturna l芒mpada
A pedra toco do sil锚ncio densa
Os veios de um sangue escuro

Um muro vivo preso a mil ra铆zes

Mas n茫o o vinho l铆mpido
de um corpo
A lucidez da terra
E se respiro a boca n茫o atinge
a nudez una
onde come莽o

Era com o sol E era
um corpo

Onde agora a m茫o se perde
E era o espa莽o

Onde n茫o 茅

O que resta do corpo?
Uma mat茅ria negra e fria?
Um hausto de desejo
ret茅m ainda o calor de uma s铆laba?

As palavras so莽obram rente ao muro
A terra sopra outros voc谩bulos nus
Entre os ossos e as ervas,
uma outra m茫o t茅nue
refaz o rosto escuro
doutro poema