Nós só pensamos quando nos defrontamos com um problema.
Passagens sobre Problemas
558 resultadosA maior parte das pessoas vê no problema do amor, em primeiro lugar, o problema de ser amado, e não o problema da própria capacidade de amar.
Um Bom Pai
Um bom pai não é aquele que nunca perde a paciência, mas é aquele que dialoga muito com os seus filhos, que tem prazer em entrar no mundo deles, que não os deixa do lado de fora da sua história. Ninguém tem filhos sabendo o que é ser pai. Ser pai exige um constante treino, em que os erros corrigem as rotas e as lágrimas acertam os caminhos. Educar filhos é uma tarefa complexa. Costumo brincar e dizer que os melhores filhos para serem educados são os dos outros e não os nossos. E fácil educar os filhos dos outros, pois não temos vínculos nem dificuldades com eles. Sem vínculo, o amor não cresce, mas onde há vínculos há sempre problemas e atritos. Não acredite em manuais mágicos de educação. Acredite na sua sensibilidade.
A melhor educação que os pais podem dar aos seus filhos é dividir a sua história com eles. O melhor treino da emoção é falar das suas frustrações, dos seus momentos de hesitação, das suas conquistas, dos seus sonhos, dos seus erros. Nunca houve tantos divórcios, mas o ser humano não deixa de se unir. Porquê? Porque viver em família é uma das experiências mais prazerosas da existência.
Défice de Maturidade
«A maturidade é uma ave que levanta voo ao cair da tarde». Foi Platão que o disse, poeticamente. E, realmente, os nossos «homenzinhos» feitos à pressa e cheios de opiniões, tal como os fabricam as nossas sociedades de aceleração e abundância, são tão infantis afectivamente!… O problema é ainda mais grave numa sociedade que não respeita os velhos.
(
Por um Mundo Escutador
Não existe alternativa: a globalização começou com o primeiro homem. O primeiro homem (se é que alguma vez existiu «um primeiro» homem) era já a humanidade inteira. Essa humanidade produziu infinitas respostas adaptativas. O que podemos fazer, nos dias de hoje, é responder à globalização desumanizante com uma outra globalização, feita à nossa maneira e com os nossos propósitos. Não tanto para contrapor. Mas para criar um mundo plural em que todos possam mundializar e ser mundializados. Sem hegemonia, sem dominação. Um mundo que escuta as vozes diversas, em que todos são, em simultâneo, centro e periferia.
Só há um caminho. Que não é o da imposição. Mas o da sedução. Os outros necessitam conhecer-nos. Porque até aqui «eles» conhecem uma miragem. O nosso retrato – o retrato feito pelos «outros» – foi produzido pela sedimentação de estereótipos. Pior do que a ignorância é essa presunção de saber. O que se globalizou foi, antes de mais, essa ignorância disfarçada de arrogância. Não é o rosto mas a máscara que se veicula como retrato.
A questão é, portanto, a de um outro conhecimento. Se os outros nos conhecerem, se escutarem a nossa voz e, sobretudo, se encontrarem nessa descoberta um motivo de prazer,
O Supremo Palhaço da Criação
A velha noção antropomórfica de que todo o universo se centraliza no homem – de que a existência humana é a suprema expressão do processo cósmico – parece galopar alegremente para o baú das ilusões perdidas. O facto é que a vida do homem, quanto mais estudada à luz da biologia geral, parece cada vez mais vazia de significado. O que no passado deu a impressão de ser a principal preocupação e obra-prima dos deuses, a espécie humana começa agora a apresentar o aspecto de um sub-produto acidental das maquinações vastas, inescrutáveis e provavelmente sem sentido desses mesmos deuses.
(…) O que não quer dizer, naturalmente, que um dia a tal teoria seja abandonada pela grande maioria dos homens. Pelo contrário, estes a abraçarão à medida que ela se tornar cada vez mais duvidosa. De fato, hoje, a teoria antropomórfica ainda é mais adoptada do que nas eras de obscurantismo, quando a doutrina de que um homem era um quase Deus foi no mínimo aperfeiçoada pela doutrina de que as mulheres inferiores. O que mais está por trás da caridade, da filantropia, do pacifismo, da “inspiração” e do resto dos atuais sentimentalismos? Uma por uma, todas estas tolices são baseadas na noção de que o homem é um animal glorioso e indescritível,
Gosto de amigos com mentes independentes, pois tendem a fazer com que vejas os problemas de todos os ângulos.
Sempre me inclinei a pensar bem de toda a gente; evita muitos problemas.
Absolutizar e Relativizar
Uma grande tentação nossa é a de absolutizar. Pegar num acontecimento negativo e dizer: «é tudo assim». Olhar um problema sério e não ser capaz de ver mais nada para além disso. Absolutizar cega e escraviza. O caminho é, pois, o de relativizar, não tirar do contexto, ver também o resto dos acontecimentos e, depois, relacionar com outras exigências. Relativizar e relacionar. Começa aí o caminho de paz.
(
O único valor absoluto na Terra é o Homem e é com ele que há que contar na equacionação e resolução dos problemas.
Éramos proibidos mas amámo-nos à maneira de Deus, até que a morte nos separasse, claro está, o problema é que havia várias mortes para experimentar e é por isso que ainda aqui estamos, quantas vezes é possível amar-te pela primeira vez?
O Matrismo
Acho que não vale a pena a mulher libertar-se para imitar os padrões patristas que nos têm regido até hoje. Ou valerá a pena, no aspecto da realização pessoal, mas não é isso que vem modificar o mundo, que vem dar um novo rumo às sociedades, que vem revitalizar a vida. Ora bem, a mulher deve seguir as suas próprias tendências culturais, que estão intimamente ligadas ao paradigma da Grande Mãe, que é a grande reserva, a eterna reserva da Natureza, precisamente para os impor ao mundo ou pelo menos para os introduzir no ritmo das sociedades como uma saída indispensável para os graves problemas que temos e que foram criados pelas racionalidades masculinas. E no paradigma da Grande Mãe que vejo a fonte cultural da mulher; por isso lhe chamo matrismo e não feminismo.
Os outros, como ele, até antes do meu nascimento, tinham esgotado todos os problemas, a fim de nos permitir sentir apenas pequenas dores.
A Falta de Cultura Ética da Nossa Civilização
Creio que o exagero da atitude puramente intelectual, orientando, muitas vezes, a nossa educação, em ordem exclusiva ao real e à prática, contribuiu para pôr em perigo os valores éticos. Não penso propriamente nos perigos que o progresso técnico trouxe directamente aos homens, mas antes no excesso e confusão de considerações humanas recíprocas, assentes num pensamento essencialmente orientado pelos interesses práticos que vem embotando as relações humanas.
O aperfeiçoamento moral e estético é um objectivo a que a arte, mais do que a ciência, deve dedicar os seus esforços. É certo que a compreensão do próximo é de grande importância. Essa compreensão, porém, só pode ser fecunda quando acompanhada do sentimento de que é preciso saber compartilhar a alegria e a dor. Cultivar estes importantes motores de acção é o que compete à religião, depois de libertada da superstição. Nesse sentido, a religião toma um papel importante na educação, papel este que só em casos raros e pouco sistematicamente se tem tomado em consideração.
O terrível problema magno da situação política mundial é devido em grande parte àquela falta da nossa civilização. Sem «cultura ética» , não há salvação para os homens.
Quando adiamos a colheita os frutos apodrecem, mas quando adiamos os problemas, eles não param de crescer.
Os escritores de ficção científica prevêem o inevitável e, ainda que os problemas e as catástrofes possam ser evitáveis, não há soluções.
Só depois que a tecnologia inventou o telefone, o telégrafo, a televisão, a internet, foi que se descobriu que o problema de comunicação mais sério era o de perto.
Somos aquilo que Pensamos
Os nossos pensamentos determinam aquilo que somos. A nossa atitude mental é o factor X que determina o nosso destino. Emerson disse: «Um homem é aquilo em que pensa o dia inteiro». Como poderia ser outra coisa qualquer? Estou convencido, sem qualquer sombra de dúvida, que o maior problema que temos de enfrentar – na realidade, trata-se praticamente do único problema que temos de enfrentar – é a escolha dos pensamentos certos. Se conseguirmos, estaremos no caminho certo para resolver todos os nossos problemas. Marco Aurélio, o grande filósofo que governou o Império Romano, resumiu esta questão em onze palavras — onze palavras que podem determinar o seu destino: «A nossa vida é aquilo que os nossos pensamentos fazem dela».
É verdade, se pensarmos em coisas felizes, seremos felizes. Se pensarmos em desgraças, seremos uns desgraçados. Se pensarmos em coisas assustadoras, viveremos com medo. Se pensarmos em doenças, ficaremos provavelmente doentes. Se pensarmos em falhar, é certo que falhamos. Se ficarmos mergulhados em autocomiseração, vão todos afastar-se de nós e evitar-nos. Norman Vincent Peale afirmou: «Tu não és o que pensas que és; tu és o que tu pensas».
Estarei eu a defender uma típica atitude de Pollyanna (clássico de Eleane H.
Um problema exposto com clareza já fica meio resolvido.
… nunca teve pretensões a amar e ser amada, embora sempre nutrisse a esperança de encontrar algo que fosse como o amor, mas sem os problemas do amor.