O primeiro humano que insultou o seu inimigo, em vez de atirar-lhe uma pedra, inaugurou a civilização.
Passagens de Sigmund Freud
155 resultadosEvitar o Sofrimento
Privamo-nos para mantermos a nossa integridade, poupamos a nossa saúde, a nossa capacidade de gozar a vida, as nossas emoções, guardamo-nos para alguma coisa sem sequer sabermos o que essa coisa é. E este hábito de reprimirmos constantemente as nossas pulsões naturais é o que faz de nós seres tão refinados. Porque é que não nos embriagamos? Porque a vergonha e os transtornos das dores de cabeça fazem nascer um desprazer mais importante que o prazer da embriaguez. Porque é que não nos apaixonamos todos os meses de novo? Porque, por altura de cada separação, uma parte dos nossos corações fica desfeita. Assim, esforçamo-nos mais por evitar o sofrimento do que na busca do prazer.
O homem é dono do que cala e escravo do que fala.
O homem enérgico e que é bem sucedido é o que consegue transformar em realidades as fantasias do desejo.
Fica-se muito louco quando apaixonado.
Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos
Não, nossa ciência não é uma ilusão. Ilusão seria imaginar que aquilo que a ciência não nos pode dar, podemos conseguir em outro lugar.
Aonde quer que eu vá, eu descubro que um poeta esteve lá antes de mim.
O pensamento é o ensaio da acção.
A nossa civilização é em grande parte responsável pelas nossas desgraças. Seríamos muito mais felizes se a abandonássemos e retornássemos às condições primitivas.
A ciência não é uma ilusão, mas seria uma ilusão acreditar que poderemos encontrar noutro lugar o que ela não nos pode dar.
O sujeito é forte enquanto acredita e sustenta ideias fortes.
Fui um homem afortunado; na vida nada me foi fácil.
Que contraste perturbador existe entre a inteligência radiante de uma criança e a frágil mentalidade de um adulto mediano.
Em todos os tempos, a imoralidade encontrou na religião tanto apoio quanto a moralidade.
A felicidade é a realização de um desejo pré-histórico da infância. É por isso que a riqueza contribui em tão pequena medida para ela. O dinheiro não é objecto de um desejo infantil.
Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!
O amor pela mulher rompe os laços colectivos criados pela raça, ergue-se acima das diferenças nacionais e das hierarquias sociais, e, fazendo-o, contribui em grande medida para os progressos da cultura.
O sonho representa a realização de um desejo.
O Amor e o Vinho
Pense-se, por exemplo, na relação que existe entre o bebedor e o vinho. Não é verdade que o vinho oferece sempre ao bebedor a mesma satisfação tóxica, que a poesia tem comparado com frequência à satisfação erótica — comparação, de resto, aceitável do ponto de vista científico? Já alguma vez se ouviu dizer que o bebedor fosse obrigado a mudar sem descanso de bebida porque se cansaria rapidamente de uma bebida que permanecesse a mesma? Pelo contrário, a habituação estreita cada vez mais o laço entre o homem e a espécie de vinho que ele bebe. Existirá no bebedor uma necessidade de partir para um país onde o vinho seja mais caro ou o seu consumo proibido, a fim de estimular por meio de semelhantes obstáculos a sua satisfação decrescente? De modo nenhum. Basta escutarmos o que dizem os nossos grandes alcoólicos, como Bócklin, da sua relação com o vinho: evocam a harmonia mais pura e como que um modelo de casamento feliz.