O homem Ă© a sĂntese do mundo, a mulher Ă© o cĂ©u desse homem.
Passagens sobre SĂnteses
25 resultadosMera mudança nĂŁo Ă© crescimento. Crescimento Ă© a sĂntese de mudança e continuidade, e onde nĂŁo há continuidade nĂŁo há crescimento.
ConfissĂŁo Social
NinguĂ©m tem qualquer interesse em saber isto; mas se eu tivesse de me confessar socialmente, a sĂntese do meu desespero era esta: que cheguei, em matĂ©ria de descrença no homem, Ă saturação.
E, contudo, este perdido, este condenado, merece-me uma ternura tal, que não há tolice que faça, asneira que invente, mentira que diga que me deixem indiferente. Tenho por força de olhar, reparar, ouvir, e comentar com toda a paixão de que sou capaz.
Contágio Mental
O contágio mental representa o elemento essencial da propagação das opiniões e das crenças. A sua força Ă©, muitas vezes, bastante considerável para fazer agir o indivĂduo contra os seus interesses mais evidentes. As inumeráveis narrações de martĂrios, de suicĂdios, de mutilações, etc., determinados por contágio mental fornecem uma prova disso.
Todas as manifestações da vida psĂquica podem ser contagiosas, mas sĂŁo, especialmente, as emoções que se propagam desse modo. As ideias contagiosas sĂŁo sĂnteses de elementos afectivos.
Na vida comum, o contágio pode ser limitado pela acção inibidora da vontade, mas, se uma causa qualquer – violenta mudança de meio em tempo de revolução, excitações populares, etc. – vĂŞm paralisá-la, o contágio exercerá facilmente a sua influĂŞncia e poderá transformar seres pacĂficos em ousados guerreiros, plácidos burgueses em terrĂveis sectários. Sob a sua influĂŞncia, os mesmos indivĂduos passarĂŁo de um partido para outro e empregarĂŁo tanta energia em reprimir uma revolução quanto em fomentá-la.
O contágio mental nĂŁo se exerce somente pelo contacto direto dos indivĂduos. Os livros, os jornais, as notĂcias telegráficas, mesmo simples rumores, podem produzi-lo.
Quanto mais se multiplicam os meios de comunicação tanto mais se penetram e se contagiam. A cada dia estamos mais ligados àqueles que nos cercam.
O Desespero de Ser PortuguĂŞs
Deus, dá-me força para delinear, para perceber a sĂntese total da psicologia e da histĂłria psicolĂłgica da nação portuguesa! Todos os dias os jornais me trazem notĂcias de factos que sĂŁo humilhantes, para nĂłs, Portugueses. NinguĂ©m pode conceber como eu sofro com eles. NinguĂ©m pode imaginar o profundo desespero, a enorme dor que perante isto se apodera de mim. Oh, como eu sonho com aquele MarquĂŞs de Távora que poderia vir redimir a nação — um salvador, um verdadeiro homem, grande e dominador que nos endireitaria. Mas nenhum sofrimento pode igualar aquele que me leva a perceber que isto nĂŁo Ă© mais do que um sonho.
Eu nunca sou feliz, nem nos meus momentos egoĂstas nem nos meus momentos nĂŁo egoĂstas. A minha consolação Ă© ler Antero de Quental. Finalmente, em mim, o espĂrito de Lutero. Oh, como eu compreendo o profundo sofrimento que era o seu.
Devo escrever o meu livro. Tremo de pensar qual possa ser a verdade. Ainda que seja má tenho que escrevê-lo. Queira Deus que a verdade não seja má!
Gostaria de ter escrito isto num melhor estilo, mas a minha capacidade para escrever desapareceu.