Entre o Bater Rasgado dos PendÔes
Entre o bater rasgado dos pendÔes
E o cessar dos clarins na tarde alheia,
A derrota ficou: como uma cheia
Do mal cobriu os vagos batalhÔes.Foi em vão que o Rei louco os seus varÔes
Trouxe ao prolixo prélio, sem idéia.
Ăgua que mĂŁo infiel verteu na areia â
Tudo morreu, sem rastro e sem razÔes.A noite cobre o campo, que o Destino
Com a morte tornou abandonado.
Cessou, com cessar tudo, o desatino.Só no luar que nasce os pendÔes rotos
Mostram no absurdo campo desolado
Uma derrota herĂĄldica de ignotos.
Sonetos sobre Areia de Fernando Pessoa
2 resultados Sonetos de areia de Fernando Pessoa. Leia este e outros sonetos de Fernando Pessoa em Poetris.
As Tuas MĂŁos Terminam Em Segredo
As tuas mĂŁos terminam em segredo.
Os teus olhos sĂŁo negros e macios
Cristo na cruz os teus seios (?) esguios
E o teu perfil princesas no degredo…Entre buxos e ao pĂ© de bancos frios
Nas entrevistas alamedas, quedo
O vendo pÔe o seu arrastado medo
Saudoso o longes velas de navios.Mas quando o mar subir na praia e for
Arrasar os castelos que na areia
As crianças deixaram, meu amor,SerĂĄ o haver cais num mar distante…
Pobre do rei pai das princesas feias
No seu castelo Ă rosa do Levante !