As LĂĄgrimas
Exaltemos as lĂĄgrimas. Na pele das veias,
bom dia, ĂĄguas. GratidĂŁo ao rosto, Ă s cores,
ao sulco nos olhos. PorquĂȘ este ardor, este
temor da erva pisada? Adormecem comigo,meigas fĂĄbricas de quietude e solidĂŁo
no calmo azul branco da sua breve cor.
Que longe se vĂŁo no ar amargo, sob o Ămpeto
delirante de as transformar em leis extintas,ironias ou jĂșbilos. Rolem ou finjam
incansĂĄveis trabalhos ou dores, assim
conspiram em outras portas, outros mistérios.Perco-as entre conversas, o sono, o amor.
Aos olhos desertos sua ausĂȘncia os desgasta.
Louvemos nas lĂĄgrimas o seu fulgor vĂŁo.
Sonetos sobre AusĂȘncia de Orlando Neves
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