MarĂlia De Dirceu
Soneto 5
Ao templo do Destino fui levado:
Sobre o altar num cofre se firmava,
Em cujo seio cada qual buscava,
Tremendo, anĂşncio do futuro estado.Tiro um papel e lio – cĂ©u sagrado,
Com quanta causa o coração pulsava!
Este duro decreto escrito estava
Com negra tinta pela mĂŁo do fado:“Adore Polidoro a bela Ormia,
sem dela conseguir a recompensa,
nem quebrar-lhe os grilhões a tirania.”Dar mĂŁos Amor mo arranca, e sem detença,
TrĂŞs vezes o levando Ă boca impia,
Jurou cumprir à risca a tal sentença.
Sonetos sobre Bocas de Tomás Antônio Gonzaga
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