A Rua Dos Cataventos – II
Dorme, ruazinha… E tudo escuro…
E os meus passos, quem Ă© que pode ouvi-los?
Dorme o teu sono sossegado e puro,
Com teus lampiões, com teus jardins tranqĂĽilosDorme… NĂŁo há ladrões, eu te asseguro…
Nem guardas para acaso persegui-los…
Na noite alta, como sobre um muro,
As estrelinhas cantam como grilos…O vento está dormindo na calçada,
O vento enovelou-se como um cĂŁo…
Dorme, ruazinha… NĂŁo há nada…SĂł os meus passos… Mas tĂŁo leves sĂŁo
Que até parecem, pela madrugada,
Os da minha futura assombração…
Sonetos sobre Cães de Mário Quintana
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