Soneto Na Morte De José Arthur Da Frota Moreira
Cantamos ao nascer o mesmo canto
De alegria, de sĂşplica e de horror
E a mulher nos surgiu no mesmo encanto
Na mesma dúvida e na mesma dor.Criamos toda a sedução, e tanto
Que de nĂłs seduzido, o sedutor
Morreu nas mesmas lágrimas de amor
Ao milagre maior do amor em pranto.Fui um pouco teu cĂŁo e teu mendigo
E tu, como eu, mendigo de outro pĂŁo
Sempre guardaste o pĂŁo do teu amigoMeu misterioso irmĂŁo, sigo contigo
Há tanto, tanto tempo, mão na mão…
Ouve como chora o coração.
Sonetos sobre CĂŁes de Vinicius de Moraes
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Soneto de Devoção
Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A Ăşnica entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria.Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela.Essa mulher é um mundo! — uma cadela
Talvez… — mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tĂŁo bela!