PƓs-se o Sol
PĆ“s-se o sol… Como jĆ” na sombra feia
Do dia pouco a pouco a luz desmaia,
E a parda mão da noite, antes que caia,
De grossas nuvens todo o ar semeia!Apenas jĆ” diviso a minha aldeia;
JÔ do cipreste não distingo a faia.
Tudo em silêncio estÔ; só lÔ na praia
Se ouvem quebrar as ondas pela areia.Coāa mĆ£o na face, a vista ao cĆ©u levanto;
E cheio de mortal melancolia,
Nos tristes olhos mal sustenho o pranto.E se inda algum alĆvio ter podia,
Era ver esta noite durar tanto
Que nunca mais amanhecesse o dia!
Sonetos sobre Cipreste de João Xavier de Matos
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