Sonetos sobre Fados de Ant贸nio Nobre

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Ai de Mim!

Venho, torna-me velho esta lembran莽a!
D’um enterro d’anjinho, nobre e puro:
Infancia, era este o nome da crian莽a
Que, hoje, dorme entre os bichos, l谩 no escuro…

Trez anjos, a Chymera, o Amor, a Esperan莽a
Acompanharam-n’o ao jazigo obscuro,
E recebeu, segundo a velha usan莽a,
A chave do caix茫o o meu Futuro.

Hoje, ambulante e abandonada Ermida,
Leva-me o fado, 谩 bruta, aos empurr玫es,
V谩 para a frente! Marcha! 脕 Vida! 脕 Vida!

Que hei-de fazer, Senhor! o qu’茅 que espera
Um bacharel formado em illuz玫es
Pela Universidade da Chymera?

A Fran莽a!

Vou sobre o Oceano (o luar de lindo enleva!)
Por este mar de Gloria, em plena paz.
Terras da Patria somem-se na treva,
Agoas de Portugal ficam, atraz…

Onde vou eu? Meu fado onde me leva?
Antonio, onde vaes tu, doido rapaz?
N茫o sei. Mas o vapor, quando se eleva,
Lembra o meu cora莽茫o, na ancia em que jaz…

脫 Luzitania que te vaes 谩 vela!
Adeus! que eu parto (rezarei por ella…)
Na minha Nau Catharineta, adeus!

Paquete, meu paquete, anda ligeiro!
Sobe depressa 谩 gavea, marinheiro,
E grita, Fran莽a! pelo amor de Deus!…