A Um GĂ©rmen
Começaste a existir, geléia crua,
E hĂĄs de crescer, no teu silĂȘncio, tanto
Que, Ă© natural, ainda algum dia, o pranto
Das tuas concreçÔes plåsmicas flua!A ågua, em conjugação com a terra nua,
Vence o granito, deprimindo-o … O espanto
Convulsiona os espĂritos, e, entanto,
Teu desenvolvimento continua!Antes, geléia humana, não progridas
E em retrogradaçÔes indefinidas,
Volvas Ă antiga inexistĂȘncia calma!…Antes o Nada, oh! gĂ©rmen, que ainda haveres
De atingir, como o gérmen de outros seres,
Ao supremo infortĂșnio de ser alma!
Sonetos sobre InfortĂșnio de Augusto dos Anjos
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