Sonetos sobre Mal de Greg贸rio de Matos

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Continua O Poeta Em Louvor A Soledade Vituperando A Corte

Ditoso aquele, e bem-aventurado,
Que longe, e apartado das demandas,
N茫o v锚 nos tribunais as apelandas
Que 脿 vida d茫o fastio, e d茫o enfado.

Ditoso, quem povoa o despovoado,
E dormindo o seu sono entre as holandas
Acorda ao doce som, e 脿s vozes brandas
Do tenro passarinho enamorado.

Se estando eu l谩 na Corte t茫o seguro
Do n茅scio impertinente, que porfia,
A deixei por um mal, que era futuro;

Como estaria vendo na Bahia,
Que das Cortes do mundo 茅 vil monturo,
O roubo, a injusti莽a, a tirania?

Contra Os Plebeus E N茅scios Do Brasil.

Que me quer o Brasil, que me persegue?
Que me querem pasguates, que me invejam?
N茫o v锚em que os entendidos me cortejam?
E que os nobres 茅 gente que me segue?

Com seu 贸dio a canalha que consegue?
Com sua inveja os n茅scios que motejam?
Se quando os n茅scios por meu mal mourejam,
fazem os s谩bios que a meu mal me entregue?

Isto posto, ignorantes e canalha,
se ficam por canalha, e ignorantes
no rol das bestas a roerem palha.

E se os senhores nobres e elegantes
n茫o querem que o soneto v谩 de valhas,
n茫o v谩, que tem terr铆veis consoantes.