Em Busca Da Beleza VI

O sono – Oh, ilusĂŁo! – o sono? Quem
LograrĂĄ esse vĂĄcuo ao qual aspira
A alma que de aspirar em vĂŁo delira
E jå nem força para querer tem?

Que sono apetecemos? O d’alguĂ©m
Adormecido na feliz mentira
Da sonolĂȘncia vaga que nos tira
Todo o sentir na qual a dor nos vem?

IlusĂŁo tudo! Querer um sono eterno,
Um descanso, uma paz, nĂŁo Ă© senĂŁo
O Ășltimo anseio desesperado e vĂŁo.

Perdido, resta o derradeiro inferno
Do tédio intérmino, esse de jå não
Nem aspirar a ter aspiração.