LII
Que molesta lembrança, que cansada
Fadiga Ă© esta! vejo-me oprimido,
Medindo pela magoa do perdido
A grandeza da glória já passada.Foi grande a dita sim; porem lembrada,
Inda a pena Ă© maior de a haver perdido;
Quem nĂŁo fora feliz, se o haver sido
Faz, que seja a paixĂŁo mais avultada!PropĂcio imaginei (Ă© bem verdade)
O malévolo fado: oh quem pudera
Conhecer logo a hipĂłcrita piedade!Mas que em vĂŁo esta dor me desespera,
Se já entorpecida a enfermidade
Inda agora o remédio se pondera!
Sonetos sobre Oprimidos de Cláudio Manuel da Costa
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