Morte
Num imenso salĂŁo, alto e rotundo,
De caveiras iguais, ossos sem dono,
Perpétua habitação de eterno sono
Que tem por tecto o CĂ©u, por base o mundo:Bem no meio, em silĂŞncio o mais profundo,
Se levanta da Morte o fatal trono:
Ceptros sem rei, arados sem colono,
São os degraus do sólio furibundo.Lanças, arneses pelo chão, quebrados,
Murchas grinaldas, báculos partidos,
Liras de vates, pastoris cajados,Algemas, ferros e brasões luzidos,
No terrĂvel salĂŁo sĂŁo misturados,
No palácio da Morte confundidos.
Sonetos sobre Palácios de Francisco Joaquim Bingre
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