Sta Iria
N’um rio virginal d’agoas claras e mansas,
Pequenino baixel, a santa vae boiando…
Pouco e pouco, dilue-se o oiro das suas tran莽as
E, diluido, ve-se as agoas aloirando.Circumda-a um resplendor, a luzir esperan莽as,
Unge-lhe a fronte o luar, avelludado e brando,
E, com a gra莽a etherea e meiga das crian莽as,
Formosa Iria vae boiando, vae boiando…脕 lua, cantam as alde茫s de Riba-Joia,
E, ao verem-na passar, phantastica barquinha,
Exclamam todas: 芦Olha um marmore que aboia!禄Ella entra, emfim, no Oceano… E escuta-se, ao luar,
A m茫e do pescador, rezando a ladainha
Pelos que andam, Senhor! sobre as agoas do mar…
Ant贸nio Nobre, in ‘S贸’
Sonetos sobre Pescadores de Ant贸nio Nobre
2 resultados Sonetos de pescadores de Ant贸nio Nobre. Leia este e outros sonetos de Ant贸nio Nobre em Poetris.
Poveiro
Poveirinhos! meus velhos pescadores!
Na Agoa quizera com voc锚s morar:
Trazer o lindo gorro de trez cores,
Mestre da lancha Deixem-nos passar!Far-me-ia outro, que os vossos interiores
De ha tantos tempos, devem j谩 estar
Calafetados pelo breu das dores,
Como esses pongos em que andaes no mar!脫 meu Pae, n茫o ser eu dos poveirinhos!
N茫o seres tu, para eu o ser, poveiro,
Mail-Irm茫o do 芦Senhor de Mattozinhos禄!No alto mar, 谩s trovoadas, entre gritos,
Promettermos, si o barco f么ri intieiro,
Nossa bela 谩 Sinhora dos Afflictos!