XXIX
Ai Nise amada! se este meu tormento,
Se estes meus sentidĂssimos gemidos
Lá no teu peito, lá nos teus ouvidos
Achar pudessem brando acolhimento;Como alegre em servir-te, como atento
Meus votos tributara agradecidos!
Por séculos de males bem sofridos
Trocara todo o meu contentamento.Mas se na incontrastável, pedra dura
De teu rigor não há correspondência,
Para os doces afetos de ternura;Cesse de meus suspiros a veemĂŞncia;
Que Ă© fazer mais soberba a formosura
Adorar o rigor da resistĂŞncia.
Sonetos sobre Séculos de Cláudio Manuel da Costa
1 resultado Sonetos de séculos de Cláudio Manuel da Costa. Leia este e outros sonetos de Cláudio Manuel da Costa em Poetris.