Elegia para Santa Rosa
Aurora chega, e permaneces fria
noite, imobilizado, cego e mudo
Ă s coisas das manhĂŁs que amanhecias:
cavalete, jornal, café no bule.O mundo neutro e nu pede a pintura;
a tela virgem, teu pincel tranquilo,
As cores vĂȘm chorando pela rua,
entram no atelier branco e vazio.Quais os murais que irĂĄs compor no muro,
entre o que foste e o que serĂĄs, erguido,
o indevassĂĄvel muro eterno e duro?Ai, Santa, pesam sobre nĂłs os dias
desta sobrevivĂȘncia que te usurpa
o espaço e o tempo que te pertenciam.
Sonetos sobre SobrevivĂȘncia de Mauro Mota
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