O CĂ©u, A Terra, O Vento Sossegado

O céu, a terra, o vento sossegado

As ondas, que se estendem pela areia

Os peixes, que no mar o sono enfreia

O nocturno silĂȘncio repousado


O pescador AĂłnio, que, deitado
onde co vento a ĂĄgua se meneia,
chorando, o nome amado em vĂŁo nomeia,
que nĂŁo pode ser mais que nomeado:

Ondas (dezia), antes que Amor me mate,
torna-me a minha Ninfa, que tĂŁo cedo
me fizestes Ă  morte estar sujeita.

Ninguém lhe fala; o mar de longe bate;
move-se brandamente o arvoredo;
leva-lhe o vento a voz, que ao vento deita.