Soneto
NOTA: Tradução do poema de Félix Anvers
Segredo dâalma, da existĂȘncia arcano,
Eterno amor num instante concebido,
Mal sem esperança, oculto a ente humano,
E nunca de quem fĂȘ-lo conhecido.Ai! Perto dela desapercebido
Sempre a seu lado, e sĂł, cruel engano,
Na terra gastarei meu ser insano
Nada ousando pedir e havendo tido!Se Deus a fez tĂŁo doce e carinhosa,
Contudo anda inatenta e descuidosa
Do murmĂșrio de amor que a tem seguido.Piamente ao cru dever sempre fiel
DirĂĄ lendo a poesia, seu painel:
âQue mulher Ă©?â Sem tĂȘ-lo compreendido.
Sonetos sobre Tradução de Pedro II do Brasil
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O Beija-Flor
NOTA: Tradução do poema âLe Colibriâ, de Leconte de Lisle
O verde beija-flor, rei das colinas,
Vendo o rocio e o sol brilhante
Luzir no ninho, trança dâervas finas,
Qual fresco raio vai-se pelo ar distante.RĂĄpido voa ao manancial vizinho,
Onde os bambus sussurram como o mar,
Onde o açokå rubro, em cheiros de carinho,
Abre, e eis no peito Ășmido a fuzilar.Desce sobre a ĂĄurea flor a repousar,
E em rósea taça amor a inebriar,
E morre nĂŁo sabendo se a pode esgotar!Em teus lĂĄbios tĂŁo puros, minha amada,
Tal minha alma quisera terminar,
SĂł do primeiro beijo perfumada!