XLIII
Quem Ă©s tu? (ai de mim!) eu reclinado
No seio de uma vĂbora! Ah tirana!
Como entre as garras de uma tigre hircana
Me encontro de repente sufocado!NĂŁo era essa, que eu tinha posta ao lado,
Da minha Nise a imagem soberana?
NĂŁo era… mas que digo! ela me engana:
Sim, que eu a vejo ainda no mesmo estado:Pois como no letargo a fantasia
TĂŁo cruel ma pintou, tĂŁo inconstante,
Que a vi… ? mas nada vi; que eu nada cria.Foi sonho; foi quimera; a um peito amante
Amor nĂŁo deu favores um sĂł dia,
Que a sombra de um tormento os nĂŁo quebrante.
Sonetos sobre VĂboras de Cláudio Manuel da Costa
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