Sociedade de IndivĂduos Normalizados
O apagamento da personalidade acompanha as condiçÔes da existĂȘncia concretamente submetida Ă s normas espectaculares da sociedade de consumo, e tambĂ©m cada vez mais separada das possibilidades de conhecer experiĂȘncias que sejam autĂȘnticas e, atravĂ©s delas, descobrir as suas preferĂȘncias individuais.
O indivĂduo, paradoxalmente, deverĂĄ negar-se permanentemente se pretende ser um pouco considerado nesta sociedade. Esta existĂȘncia postula com efeito uma fidelidade sempre variĂĄvel, uma sĂ©rie de adesĂ”es constantemente enganosas a produtos falaciosos. Trata-se de correr rapidamente atrĂĄs da inflacção dos sinais depreciados da vida.
Em todas as espĂ©cies de assuntos desta sociedade, onde a distribuição dos bens estĂĄ de tal maneira centralizada que se tornou proprietĂĄria, de uma forma simultaneamente notĂłria e secreta, da prĂłpria definição do que poderĂĄ ser o bem, acontece atribuir-se a certas pessoas qualidades, ou conhecimentos ou, por vezes, mesmo vĂcios, perfeitamente imaginĂĄrios, para explicar atravĂ©s de tais causas o desenvolvimento satisfatĂłrio de certas empresas; e isto com o Ășnico fim de esconder, ou pelo menos dissimular tanto quanto possĂvel, a função de diversos acordos que decidem sobre tudo.
Textos sobre Acordo de Guy Debord
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