A Minha FamĂlia Ă© a Minha Casa
A solidĂŁo absoluta Ă© nĂŁo ter ninguĂ©m a quem dizer um simples: âtenho vontade de chorarâ. NĂŁo precisamos de muito para viver bem â para ser feliz basta uma famĂlia e pouco mais.
A famĂlia Ă© a casa e a paz. O refĂșgio onde uma vontade de chorar nĂŁo Ă© motivo de julgamento, apenas e sĂł uma necessidade sĂșbita de… famĂlia. De um equilĂbrio para o qual o outro Ă© essencial… assim tambĂ©m se passa com a vontade de sorrir que, em famĂlia, se contagia apenas pelo olhar.
Nos dias de hoje vai sendo cada vez mais difĂcil encontrar gente capaz de ser famĂlia. Os egoĂsmos abundam e cultiva-se, sozinho, o individual. Como se nĂŁo houvesse espaço para o amor. Dizem que amar Ă© arriscado, que Ă© coisa de loucos…
Todos temos sentimentos mais profundos. Cada um de nĂłs Ă© uma unidade, mas o que somos passa por sermos mais do que um. Parte de unidades maiores. Estamos com quem amamos e quem amamos tambĂ©m estĂĄ, de alguma forma, connosco. O amor Ă© o que existe entre nĂłs e nos enlaça os sentimentos mais profundos. Onde uma vontade de chorar Ă© um sinal de que hĂĄ algo em mim que Ă© maior do que eu…
Textos sobre AparĂȘncia de JosĂ© LuĂs Nunes Martins
3 resultadosTodos Erramos
Apontamos quase sempre o dedo a quem erra… Condenamos os outros com enorme facilidade. Compreendemo-los pouco, perdoamo-los ainda menos. Mas, serĂĄ que atirar pedras Ă© o mais justo, eficaz e melhor?
Temos uma necessidade quase primĂĄria de julgar o comportamento alheio, de o analisar e avaliar ao mais Ănfimo detalhe, sempre de um ponto de vista superior, como se o sentido da nossa existĂȘncia, a nossa missĂŁo, passasse por sentenciar todos quantos cruzam a sua vida com a nossa… condenando-os… na firme convicção de que assim estamos a ajudar… a melhorar.
Comete erro em cima de erro quem se dedica a julgar os erros dos outros…
Julgamos de forma absoluta, na maior parte das vezes, generalizando um gesto ou dois, achando que cada pequena ação revela tudo quanto hĂĄ a saber sobre determinada pessoa… mais, achamos que cada homem ou Ă© bom ou Ă© mau… como se nĂŁo fossemos todos… de carne e osso… de luz e sombras.
JĂĄ a nĂłs nĂŁo nos julgamos nem nos deixamos julgar. Consideramos que, no caso especĂfico da nossa vida, sĂŁo tantos os factores que tĂȘm de se levar em conta (quase todos atenuantes) que se torna impossĂvel qualquer tipo de veredicto…
A Chama da Vida e o Fogo das PaixÔes
Nem sempre estar apaixonado é bom. A maior parte das paixÔes tomam conta da vontade e assumem o controlo do sentir e do pensar. Prometem a maior das libertaçÔes, mas escravizam quem desiste de si mesmo e a elas se submete.
A paixĂŁo Ă© sofrimento, um furor que Ă© o oposto da paz e do contentamento. Um vazio fulminante capaz das maiores acrobacias para se satisfazer. Mas que, como nunca se sacia, acaba por se consumir, por se destruir a si mesmo. Para ter paz precisamos de fazer esta guerra, na conquista do mais exigente de todos os equilĂbrios: entre a monotonia de nada arriscar e a imprudĂȘncia de entregar tudo sem uma vontade prĂłpria profunda. Ă essencial que saibamos desafiarmo-nos, por vezes, a um profundo desequilĂbrio momentĂąneo. Afinal, quem nunca ousa estĂĄ perdido, para sempre.
HĂĄ boas paixĂ”es. SĂŁo as que trabalham como um fermento. De forma pacata, pacĂfica e paciente. Animam, mas nĂŁo dominam. Orientam, mas nĂŁo decidem. Iluminam, mas nĂŁo cegam.Quase ninguĂ©m faz ideia da capacidade que cada um de nĂłs tem para suportar e vencer grandes sofrimentos…
Por paixÔes comuns, hå quem perca a cabeça, o coração e a alma.