Os MalefĂcios da Rivalidade na Escola
Poucas serĂŁo as escolas em que o mestre nĂŁo anime entre os alunos o espĂrito de emulação; aos mais atrasados apontam-se os que avançaram como marcos a atingir e ultrapassar; e aos que ocuparam os primeiros lugares servem os do fim da classe de constantes esporas que os nĂŁo deixam demorar-se no caminho, cada um se vigia a si e aos outros e a si prĂłprio apenas na medida em que se estabelece um desnĂvel com o companheiro que tem de superar ou de evitar.
A mesquinhez de uma vida em que os outros não aparecem como colaboradores, mas como inimigos, não pode deixar de produzir toda a surda inveja, toda a vaidade, todo o despeito que se marcam em linhas principais na psicologia dos estudantes submetidos a tal regime; nenhum amor ao que se estuda, nenhum sentimento de constante enriquecer, nenhuma visão mais ampla do mundo; esforço de vencer, temor de ser vencido; é jå todo o temperamento de «struggle» que se afina na escola e lançarå amanhã sobre a terra mais uma turma dos que tudo se desculpam.
Quem nĂŁo sabe combater ou nĂŁo tem interesse pela luta ficarĂĄ para trĂĄs, entre os piores; e Ă© certamente esta predominĂąncia dada ao espĂrito de batalha um dos grandes malefĂcios dos sistemas escolares assentes sobre a rivalidade entre os alunos;
Textos sobre ConvivĂȘncia de Agostinho da Silva
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